De menino esforçado que gostava de ler, escrever, “e desenhar, principalmente figuras humanas com todos os detalhes do corpo, com as suas colorações e sombras”- Wesley Rocher Monteiro, incentivado na sua adolescência pela família, no distrito de Parapeúna, Valença (RJ), onde nasceu, se tornou hoje num artista visual de renome. Ele lembra, rindo, ao falar da sua infância: -” a minha família foi prestando atenção nos meus desenhos e foi me incentivando com bastante folhas, goaches e lápis de cores”.
-“E assim”, continua, “fui gostando da brincadeira e, aos poucos, eu já estava fazendo histórias em quadrinhos com meus super-heróis. Posso dizer que comecei a minha arte com essa visão meio lúdica, de montar e criar super-heróis de minhas próprias histórias em quadrinhos”. Começando como qualquer artista autodidata, Wesley Monteiro não frequentou nenhuma escola de arte, ainda em Valença, para onde mudou-se:
– “Fui aprendendo a arte da pintura de maneira natural, pintando para mim, focando nos meus sentimentos. Eu faço porque gosto, porque acredito no meu trabalho. Fiquei por muito tempo assim, até que senti a necessidade de me aprofundar mais, de estudar. E foi em Juiz de Fora, onde fui ver uma exposição do Pedro Guedes, nos Correios, e vendo a obra dele, pela criação e por tudo que o artista representa em nossa região que eu pensei: preciso me capacitar e aprender mais”.
Então, Wesley Monteiro decidiu mudar-se para Juiz de Fora e atualmente frequenta aulas no Ateliê do pintor Pedro Guedes: “apesar de ser autodidata eu tenho muito orgulho de ter conseguido chegar até onde cheguei sem ter feito nenhum curso. Mas, agora é hora de estudo. Eu preciso realmente aprimorar o meu trabalho. O que posso dizer é que a pintura mesmo vai mostrando que existe um caminho novo, uma técnica nova a ser aprendida”.
O pintor gosta do estilo cubista e explica porque: “fui para o cubismo porque gosto muito de criar e por isso, encontrei neste estilo uma liberdade de criação sem limites”. Sobre a eterna crise vivida pelos artistas que sempre lutam com muitas dificuldades para conseguir ver seu trabalho reconhecido, o artista cita o Movimento Modernista, cujos artistas tiveram muitos obstáculos para o público reconhecer a arte modernista:
-“Eu tinha medo que as pessoas não aceitassem a minnha criação. Eu li muito sobre as dificuldades que os artistas do movimento modernista passaram. Foi bom ler porque me encorajei muito a criar e não ter medo de mostrar a minha arte. Apesar de ainda ver a falta de valorização das pessoas pelo trabalho artístico, dos que não valorizam a pesquisa, ou uma obra de arte inspirada, com tintas escolhidas e muita criatividade, hoje faço o que gosto acreditando na arte que estou produzindo” – enfatiza o artista.
Wesley Monteiro Rocher já participou de exposição coletiva fora do Brasil, em países como o Japão (Tóquio e Osaka), Finlândia, Alemanha, Paris e Estados Unidos, no Circuito Intercontinental da Ava Gallery Arte Contemporânea. Também participou de coletivas no Rio de Janeiro, no Centro Cultural dos Correios e na Gallery Mblois Ipanema e em Valença, na Gallery Arte Cultura, Rotary Clube e Concurso TV Rio Sul.
Também com individuais, o pintor já participou em Valença de exposições na Casa de Cultura (Pintura Expressionista), Galeria Arte Cultura, Casa Lea Pentagna, Feira Literária FLIVA e na Rua Cultural Olga
Tabet. Wesley Monteiro ainda participou da Vernissage no lançamento do livro Sertão Proibido de Rio Preto, do escritor Rodrigo Magalhães.
cujo trabalho em pintura à óleo sobre tela ganha espaço nas principais exposições individuais e coletivas. O artista já participou, entre outras, de coletivas no Rio de Janeiro, no Centro Cultural dos Correiro sobre o tema Meio Ambiente e Sustentabilidade; no Japão, em Osaka e Tóquio; na Finlândia, Alemanha, Paris e Estados Unidos, pelo Circuito Intercontinental da Ava Gallery.