“(…) É Rio Preto, minha cidade.
Quem vai embora daqui quase morre de saudade.
É Rio Preto, 150 anos.
Eu amo Minas Gerais, eu amo ser rio-pretano.(…)”.
Este é um verso da bela música que o artista e compositor rio-pretano, Fábio Roque, lançou hoje (21/09) no Youtube e nas redes sociais da internet para comemorar o aniversário da cidade, que completa 150 anos de emancipação político-administrativa (21/09/1871, pela Lei Estadual de 1.781).
Essa bela melodia, recheada de poesia em seus versos, veio a calhar e dar alento novo a esse período triste de se comemorar o aniversário de Rio Preto. Hora pior não
poderia ser para a maioria de nós, rio-pretanos. Somos um povo alegre e gostamos de festas. Mas, infelizmente, estamos impedidos de comemorar com toda a nossa energia e liberdade.
A pandemia nos amordaçou, não nos deixa ser alegres, abraçar, cumprimentar, beijar e encher de gente as ruas, o jardim e o parque de exposição com a nossa alegria e solidariedade, contagiantes. E, tudo por culpa do Coranavírus, que desde março de 2020 nos persegue e afasta, ameaçando com mortes.
Não são poucas as cidades pelo país àfora que evitaram de comemorar as datas dos seus aniversários por causa da Covid-19. E são poucos os governantes, que se têm notícias, que preferiram expor suas populações às comemorações públicas com inaugurações de bustos, tótens, pirulitos, e outros “itos” mais, apenas para marcar na pedra seus nomes.
Será que não poderiam ter escolhido, em vez de plantar pedras, plantar árvores? Quantas cidades por aí afora têm, em vez de pirulitos em suas praças, belos ipês içados ao espaço e cheios de cor para colorir os olhos da população e dos visitantes? Afinal, o dia de hoje, 21 de setembro, não é apenas o de Rio Preto, mas também o Dia da Árvore ( Lei 55.795 de 24/02/1965).
Pela primeira vez, nos últimos anos, a Banda Lima Santos não saiu às ruas de Rio Preto, às 6:00 horas, no dia do aniversário da cidade. A “Alvorada” não aconteceu. Será que foi por causa da pandemia, para precaver-se da contaminação pelo vírus? Enfim, nas fotos de um passado recente, vemos a alegria das ruas, cheias de gente e, ao contrário, durante essa pandemia, vemos a nossa Matriz Nosso Senhor dos Passos sem ninguém em suas escadarias.
Ou seja, o aniversário de nossa cidade, pela primeira vez também é comemorado sem fé e devoção, porque nem missa comemorativa pelo sesquicentenário de Rio Preto aconteceu. Poderia, ou não poderia ter havido missa seguindo todos os protocolos das autoridades sanitárias?
É por essa razão que devemos celebrar Fábio Roque, que faz com a sua poética versos que conseguem tornar o dia de hoje mais leve e alegre, apesar dos tempos difíceis em que árvores perdem valor para as pedras: “A praça, a rua Larga e um plácido rio./Oitis e palmeiras que já foram um trio./Montes, montanhas e chapadões./O paredão e as fazendas do tempo dos barões./Cachoeiras de águas frias e matas frondosas./ O arrebol no entardecer e nas manhãs formosas./Tudo isso é um tesouro, uma riqueza grandiosa.(…)”.
Fábio Roque
1 de outubro de 2021 at 17:18Obrigado pelo afago amigo!