Alarmes vão proteger bens culturais e artísticos de Minas

Alarmes vão proteger bens culturais e artísticos de Minas

 Em Rio Preto, na Zona da Mata mineira, a Igreja Nosso Senhor dos Passos foi roubada, mesmo tendo sistema de segurança com alarmes e câmeras instaladas em suas principais portas e pontos de acesso. O roubo de um ostensório valioso, de ouro, ocorreu numa madrugada quando a igreja foi invadida e os equipamentos de segurança estavam desligados. Já fazem mais de quatro anos e até agora não há notícias de quem levou a peça histórica da Matriz Nosso Senhor dos Passos e por que os esquipamentos de segurança estavam desligados?

Governo de Minas investe em proteção ao patrimônio

Mais segurança e proteção ao patrimônio cultural, além da preservação de acervos históricos que fazem parte da memória de diversas comunidades mineiras serão garantidos a 57 bens culturais protegidos ou de interesse de preservação pelo Estado. O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo-Secult e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico – Iepha-MG, vai instalar um sistema eletrônico de alarme contra intrusão nesses locais. O valor do contrato é de R$ 320 mil, com vigência de 36 meses. 

O serviço inclui locação de equipamentos, instalação, monitoramento remoto 24 horas e manutenção preventiva e corretiva com reposição de peças. A instalação dos alarmes nas edificações contempladas será feita em igrejas, capelas, museus e casarões espalhados por 26 municípios mineiros. O prazo para a execução do trabalho é de seis meses, a partir da assinatura do contrato.

O presidente do Iepha-MG, Felipe Pires, lembra que a implantação dos sistemas de alarme irá garantir que a polícia e as comunidades locais tomem conhecimento, rapidamente, de qualquer tentativa de intrusão em edificações que possuem bens móveis de alto valor histórico, facilitando ações protetivas.

“Por meio desse instrumento, o Iepha-MG amplia seu papel na proteção e na preservação do patrimônio cultural de Minas Gerais. A instalação dos alarmes reforça a segurança contra intrusão e furto dos bens móveis, assegurando mais tranquilidade também para as comunidades”, afirma.

“Precisamos ter esse olhar apurado para a proteção, considerando que estas peças têm grande valor no mercado clandestino e Minas Gerais abriga 62% do patrimônio histórico do país”, destaca o subsecretário de Cultura da Secult, Maurício Canguçu.

Legado protegido

O projeto foi viabilizado com recursos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura e conta com patrocínio da Cemig. O investimento total da empresa em ações de proteção junto ao Iepha-MG será de R$ 1,4 milhão. “Investir no patrimônio é investir na preservação da cultura, para garantir acesso no presente e também para as gerações futuras”, frisa a gerente de Comunicação e Marketing da Cemig, Christie Meira Cunha.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) é parceiro da Secult e do Iepha-MG em diversas ações de proteção do patrimônio. O promotor de Justiça e coordenador de Patrimônio Cultural do MPMG, Marcelo Maffra, reforça a responsabilidade dos órgãos públicos na preservação. “Metade dos bens culturais mineiros se perderam ao longo dos 300 anos de história. A principal causa são crimes de furto e receptação, por isso, temos trabalhado na prevenção, para impedir que esses artigos tão significativos para a memória do estado sejam roubados”, afirma.

A lista completa com todas as cidades contempladas está disponível nos sites da Cemig e do Iepha-MG.

 

 

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