As belezas do Funil encantam turistas

As belezas do Funil encantam turistas

 

Belas cachoeiras

Cambuís, cachoeiras, grutas, cânions e um funil que engole a água do ribeirão Funil. Tudo isso e muito mais encantam os turistas que estão descobrindo o Funil, um pequeno lugarejo encravado a pouco mais de 1.100 metros de altitude na Serra da Mantiqueira mineira, no Município de Rio Preto, a 84 quilômetros de Juiz de Fora. O Funil faz parte do Parque Estadual Serra Negra da Mantiqueira, criado em Minas em 2018 e que já está movimentando o turismo na região e trazendo renda para a população do lugar.

Além do caminho de Juiz de Fora, existe também duas outras maneiras de ir ao Funil. A primeira delas é chegando a Parapeúna, distrito de Valença, RJ. Dali atravessar a ponte sobre o rio Preto e chegar à pequena cidade mineira, aconchegante e hospitaleira, Rio Preto. Perguntando a qualquer um nas ruas da cidade  vem a informação: – “é ali que sobe…”, indica um morador os dois caminhos de subida, através dos bairros Cavaco ou Safira, ambos indo para o Funil.

Entrada da Capela do Funil

De Rio Preto ao Funil, são 18 quilômetros de estrada de chão, bem vividos, sentidos e arrepiantes em época chuvosa. As belezas da subida  para a serra podem ser vistas de qualquer lugar do alto das montanhas por onde o caminho passa. O ribeirão Sant’Ana é o primeiro sinal de água mais grossa e mandante que desce da serra. Assim como um pequeno regato, que começa num funil que engole água, o Sant”Ana quando chega ao rio Preto já desmamou e virou ribeirão.

Quando se chega à vila do Funil, de  apenas uma rua, cercada de pequenas casinhas e bares, entre as muitas atrações, uma é a de olhar prá cima e ver a areia branca no morro em frente. – “É a gruta” – logo informa uma moradora. Pois é mesmo, a gruta um dos lugares turísticos mais conhecidos. Depois de subir à pé pelo morro, entre o caminho de pedras e areia chega-se à gruta.

Água Amarela – beleza para turistas

Lá tem um altar onde são celebradas missas em épocas de festas, todo 15 de agosto. O dia, de Nossa Senhora da Glória é para ungir o Funil e  a sua natureza, protegendo também os moradores da vila e da serra dos “maus agouros” – revela um  dos nativos. A gruta é de uma beleza estonteante, no interior um ar fresco que acalma quem vai rezar. Ao fundo da gruta existem mais duas grutas interligadas, ambas em escuridão. Mas há quem diga que já entrou fundo nelas com laternas: -“são dois salões enormes, mas que dão medo”.

Quem for à vila do Funil e não conhecer, perto dalí, os “cambuís” deixou de ver um lugar interessante. São árvores nativas, com cerca de 2,5 a 3,0 metros de altura, com muitos galhos e folhas entrelaçadas umas às outras e que formam túneis naturais de vegetação. Dá para fazer passeio, namorar e até dormir em meio às sombras e a tranquilidade reinante. Só há quebra do silêncio pelos sons dos pequenos pássaros e os arrulhos das pombas.

Nos meses de outubro e novembro os cambuís florescem e frutificam. Um fruto pequeno e doce é a guloseima prelileta dos pássaros e dos macacos sauás. Contam os nativos que debaixo dos cambuís “costumam aparecer as onças pardas e as jaguatiricas pra pegar os sauás”- revelam.

Enfim, quem vai ao Funil não pode deixar de visitar as dezenas e dezenas de cachoeiras que existem na região. E nem deixar de ver os cânions deslumbrantes formados nas grotas das montanhas. Existe muita água pura nas montanhas e florestas da Serra da Mantiqueira. – “É uma caixa d’água natural” – já alertaram os técnicos ambientalistas, que desde a década de 60 estudaram as belezas e riquezas naturais da Serra Negra (como é conhecida na região do Funil).

 

 

 

 

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