Rodrigo Magalhães lança livro: “O caso Manoel Pereira”

Rodrigo Magalhães lança livro: “O caso Manoel Pereira”

“Esse é um episódio histórico de repercussão nacional e que representa uma parte importante da História do Brasil. Lendo este livro verão como o povo de Santa Rita de Jacutinga e o povo da região participaram de um dos espisódios mais importantes da nossa história naquele ano de 1863”. A declaração é do pesquisador Marcos Paulo Souza Miranda, historiador e membro do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais. Ele veio de Belo Horizonte para participar do lançamento do livro “O caso Manoel Pereira”, lançado pelo historiador e escritor Rodrigo Magalhães, neste final de semana, nas cidades mineiras no Sul de Minas, Rio Preto e Santa Rita de Jacutinga.

Marcos Paulo

Ao falar para as duas platéias presentes ao lançamento da obra historiográfica, na sexta-feira à noite, em Rio Preto, e no sábado pela manhã em Santa Rita de Jacutinga, Rodrigo Magalhães ressaltou, ao lembrar  do português Manoel Pereira: “sua história de vida e morte, certamente é uma das mais extraordinárias do Vale do Rio Preto. A trajetória de vida  de Manoel Pereira é muito mais fantástica do que é o macabro espisódio de sua morte”.

Jornais da época

Rodrigo revelou que foi “após localizar mais de 70 jornais de época, sobre o caso Manoel Pereira, majoritariamente na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, que hoje posso afirmar com muita tranquilidade, que o exemplo de coragem, abnegação e altruísmo de Manoel Pereira é um dos mais simbólicos e significativos que eu já encontrei na historiografia regional”.

Explicando sobre a vida de Manoel Pereira, Rodrigo Magalhães ressaltou que “a palavra que melhor define Manoel Pereira é altruísta, porque ele queria fazer uma estrada que beneficiaria a 14 cidades”. Ao final do seu discurso, o escritor agradeceu o apoio da prefeitura de Santa Rita de Jacutinga para o lançamento do seu livro. Agradeceu ao Gil Cunha, secretário de cultura local que o procurou oferecendo apoio ao lançamento do livro.

-“Apoiar a publicação de um livro historiográfico mais do que contribuir para o resgate da memória histórica é um incentivo a leitura. E ler livros faz você ser melhor e quanto mais livros mais conhecimento. Por isso, os meus sinceros agradecimentos ao prefeito Alexandro Landim. Que o seu exemplo possa ser seguido na região”- frisou Rodrigo Magalhães.

Prefeito de Santa Rita

A prefeitura de Santa Rita de Jacutinga, através do prefeito Alexandro Landim e do secretário de cultura, Gil Cunha deram apoio ao lançamento do livro de Rodrigo Magalhães na cidade, distribuindo gratuitamente para a população 300 exemplares do “Caso Manoel Pereira”. O escritor explicou: “por que fiz questão de lançar o livro aqui em Santa Rita de Jacutinga?”:

Alexandro Landim

-” Porque a história de vida de Manoel Pereira está diretamente relacionada a Santa Rita. O maior exemplo disso foi o discurso do prefeito Alexandro Landim, que é um devoto de Manoel Pereira.

No seu discurso emocionado, Alexandro Landim não conteve as lágrimas: “este é um momento muito especial e gratificante para o nosso município. Me sinto lisongeado de estar aqui representando Santa Rita de Jacutinga. Fico emocionado porque aonde nasci é no local onde existe a Escola Municipal Manoel Pereira. Foi ali perto que me criei, junto com meus pais e minha família”- disse o prefeito.

Também o secretário de Cultura, Gil Cunha agradeceu ao escritor Rodrigo Magalhães e frisou que estava “feliz por estar aqui hoje neste local tão especial para a história e a cultura da nossa cidade, para conhecer em detalhes a história deste personagem que é Manoel Pereira. Depois de ler o livro é que pude entender porque essas histórias continuam vivas durante tantas gerações. Hoje estamos fazendo história aqui, graças a esse trabalho espetacular do Rodrigo Magalhães, com quem aprendi que História é construção”.

Em Rio Preto

Na noite do dia 20 de maio no Clube do Cruzeiro em Rio Preto foi lançado o 4° livro do historiador e escritor Rodrigo Magalhães. O livro entitulado “O Caso Manoel Pereira” conta a história de um crime bárbaro praticado contra um português liberal no segundo reinado brasileiro. Ruiu uma família aristocrata, reacendeu ideais abolicionistas e fez surgir um santo milagreiro no Vale do Café. Segundo o autor Rodrigo Magalhães o livro corrige a história do caso que faz parte da devoção de muitos fiéis da região.

Clube Cruzeiro – Rio Preto

O Lançamento contou com a presença de autoridades e da população rio-pretana que prestigiou mais um trabalho do Rodrigo Magalhães. O escritor e historiador vem  resgatando da história rio-pretana e da região, com um trabalho minucioso, árduo e muito valioso para que as futuras gerações conheçam nossas histórias.
Numa noite gelada durante a sessão de autógrafos tivemos um Show do Cantor Negro Leo e do menino Antônio, filho do escritor.

O livro

Impresso pela Editora Interagir, o livro “O Caso Manoel Pereira” é do tamanho clássico 16×23 cm e tem 230 páginas. A capa e as ilustrações do livro foram feitas pelo artista plástico Wesley Monteiro, nascido em Parapeúna, Valença. O interior da obra contém fotografias e mapas da região ilustrando para os locais mais marcantes da história de vida e morte de Manoel Pereira.

A história do portugués está sendo contada por Rodrigo Magalhães, em que busca  vasta documentação que alicerçou e embasou a obra. Manoel Pereira apresentou para a corte, naqueles idos de 1800, um projeto de construção de uma estrada que beneficiaria a comunicação entre 14 cidades da região do Vale do Café.

Na orelha do livro, a breve descrição da obra de Rodrigo Magalhães. “Esse livro dá voz a Manoel Pereira, um português brutalmente assassinado há mais de um século e meio no Vale do Rio Preto (parte integrante da região conhecida turísticamente por Vale do Café) que, entre outras barbaridades, teve a língua cortada.

(…)

O autor costura uma pitade ficção e dados dos artigos encontrados, testemunhos dos acontecimentos, algumas vezes assinados por importantes personagens nacionais que tomaram parte no caso Manoel Pereira, como o comendador Baptista Machado, ex-deputado e um dos principais amigos do imperador D.Pedro I, o famoso engenheiro Henrique Dumont (pai de Santos Dumont) e o notável Barão de Mauá.

Todavia, a obra se inspira majoritariamente em cartas escritas pelo próprio Manoel Pereira. Na tentativa de denunciar as perseguições que sofria e evitar que as ameaças de morte das quais era vítima não se concretizasse, chegou a ser recebido em audiência pelo imperador D. Pedro II”

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