A Secretaria de Turismo, Esportes, Lazer e Cultura de Rio Preto está fazendo estudos e análises da viabilidade econômica para proceder a um estudo arqueológico das ruínas da Casa de Pedra, situada na região de Santo Antônio das Varejas, caminho para o Funil. A informação é do secretário daquela pasta, Paulo Sérgio de Oliveira, também presidente do Conselho do Patrimônio Cultural de Rio Preto.
Ele lembrou que as ruínas da Casa de Pedra já foram tombadas em 2018/2019 em nível muncipal pelo Conselho do Patrimônio Cultural de Rio Preto. -“Nossa intenção é que agora, com os resultados que esperamos positivos dos estudos arqueológicos, possamos encaminhar o processo de tombamento da Casa de Pedra em níveis estadual e federal”- revelou Paulo Sérgio, prosseguindo:
-“O valor estimado para fazer o trabalho arqueológico é de R$70 mil e poderá ser feito pelo Instituto Brasileiro de Pesquisas Arqueológicas, IBPA, do Rio de Janeiro”- afirmou o secretário. Há especulações históricas de que as ruínas da Casa de Pedra teriam sido lugar de um Forte dos Bandeirantes, utilizado para coibir o contrabando do ouro que vinha da antiga Vila Rica (de Ouro Preto) e de outros lugares de Minas Gerais com destino a Província do Rio de Janeiro.
-” Nós queremos uma comprovação arqueológica sustentável de que a Casa de Pedra teria sido mesmo um Forte dos Bandeirantes”- frisou Paulo Sérgio. Outras iniciativas de grande alcance cultural vêm sendo tomadas pelo secretário à frente da Secretaria de Turismo.
Museu e restauração do prédio da Prefeitura e Câmara
-“Estamos organizando o Museu Regional de Rio Preto (o museu funciona no prédio da Biblioteca Pública, antigo presídio municipal). Para isso estamos contando com a ajuda e parceria do escritor, pesquisador e historiador Rodrigo Magalhães, autor do livro Descoberto da Mantiqueira, o Sertão Prohibido de Rio Preto”.
Informou o secretário que encontra-se em fase de licitação, cujo orçamento é de R$ 130 mil, um projeto de reforma dos prédios históricos da Prefeitura Municipal e da Câmara de Vereadores, em Rio Preto. “Os recursos para a restauração desse prédios virão do Fundo Municipal de Proteção ao Patrimônio Cultural, antiga Lei Robin Hood”- esclareceu Paulo Sérgio.
Aumento da verba de incentivo cultural
Os recursos para o FUMPAC vêm através do ICMS repassado do Governo do Estado de Minas Gerais para o Município de Rio Preto. Segundo informou o secretário de Cultura e Turismo “até o ano de 2017 o Estado de Minas repassava cerca de R$ 1.300,00 por mês. Agora, em 2021 esse valor do repasse já atingiu a R$ 15.000,00 mensais. São com estes recursos que estamos podendo pensar no futuro, num turismo sustentável para o nosso município”.
-” O que queremos é um turismo capaz de gerar divisas e empregos. Estamos também fazendo uma parceria com o SEBRAE para trazer qualificação de serviços na área do turismo. Também estamos com projetos em parceria com o Estado de Minas para implementar uma agricultura familiar voltada para o turismo” – ressaltou Paulo Sérgio. Ele finalizou, lembrando “que neste ano comemorativo dos 120 anos da Corporação Musical Lima Santos ajudamos a promover o registro da banda como bem imaterial do Município de Rio Preto”.