João Cosate, artesão, e químico aposentado, conta como os garimpeiros, na década de 90, acharam uma pequena espada no leito do rio Preto, próximo ao fundo do quintal de sua casa em Parapeúna (distrito de Valença, RJ). — “Naquela época, o rio ficou infestado de garimpeiros que vieram para a cidade de Rio Preto(MG) aventurando-se no garimpo de ouro”- lembra, prosseguindo:
-“Algum metal precioso eles acharam. Muitos dos comerciantes locais os ajudaram trocando ouro por mercúrio. Mas, quando os garimpeiros abandonaram o garimpo a maioria saiu mais pobre do que chegou para aventurar-se no rio”- afirma Cosate .
Dessa época áurea de retirada de ouro do rio Preto, que faz divisa entre os estados de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, só restaram mesmo histórias folclóricas. Um desses casos, que ficou no imaginário coletivo da região é o contado por João Cosate, mais conhecido como “Zininho”.
Ele faz trabalhos de artefatos de ferro, como pequenos coadores de café, porta-vasos de flores, cadeiras de ferro, pequenas adegas de vinhos, etc. Sua oficina fica na beira do asfalto, na sua residência, na saída para Santa Rita de Jacutinga pelo lado fluminense, no lugar conhecido como Sítio do Pontilhão do Retiro.
– “Me lembro bem da espada que os garimpeiros acharam no rio Preto. Eu estava no meu quintal e eles garimpando. Foi debaixo de um ingazeiro que acharam a relíquia” – afirma Cosate, lembrando: -“Me mostraram a espada que estava enferrujada”.
Disse o artesão que o artefato “tinha uns cinquenta centímetros de comprimento e uma inscrição na sua lâmina, escrita assim, em letras góticas: Deus salve o rei” – descreve. Segundo ele os garimpeiros venderam essa espada para um comerciante em Rio Preto.
João Cosate não sabe para quem o achado foi vendido na época. -“Mas que aquilo é uma raridade histórica, lá isso é” – diz, mostrando num papelão desenhado e recortado, como era a espada que teria sido garimpada no rio Preto.