Alguns registros da História da Segunda Guerra Mundial podem ter sido equivocados. Existe pelo menos um desses relatos, por exemplo, o de três brasileiros considerados como heróis. Eles teriam sido enterrados pelos inimigos, os alemães, como soldados desconhecidos? E por que?
Essa é uma história mal contada. Trata-se da luta de três mineiros que teriam enfrentado, sozinhos, toda uma companhia de soldados alemães. O mérito deles esta não sem se render aos inimigos nos primeiros momentos do combate. Seus possíveis nomes são os dos soldados brasileiros Geraldo Baêta da Cruz, de Entre Três Rios de Minas, na época com 28 anos, Geraldo Rodrigues de Souza, com 26 anos, de Santa Bárbara do Monte Verde, na época distrito de Rio Preto MG e Arlindo Lúcio da Silva, de São João del-Rei, com 25 anos.
O registro histórico está no livro do Coronel Adhemar Rivermar de Almeida, presente na guerra, “Montese – marco glorioso de uma trajetória”, e os registros de embarque da FEB. Os dois documentos colocam Geraldo Baêta da Cruz, como padioleiro, no resgate de soldados feridos. Baêta teria sido vítima de uma granada quando exercia sua função. Portanto, não se localizava na linha de frente.
O rio-pretano Geraldo Rodrigues de Souza tem sua morte marcada em outro local. Rodrigues teria morrido em Natalina e não em Montese, onde se passam os acontecimentos. Único que poderia ter participado do ocorrido foi Arlindo Lúcio da Silva, que se encontrava no lugar. É registrada a condecoração de Arlindo por resistir a uma patrulha alemã, em Montese, morrendo logo em seguida.
O importante dessa história, não é o fato dos nomes poderem estar errados. Porém, o fato de as três covas rasas realmente terem existido. Onde em uma placa escrita em alemão se pode identificar a homenagem, “Drei Brasilianische Helden”, traduzido como “Três Heróis Brasileiros”. Hoje seus restos mortais estão enterrados no Monumento aos Pracinhas, no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro/RJ,